quarta-feira, 20 de março de 2024

Primeiras impressões com spoilers de “Saint Seiya: The Beginning” – Ainda sou uma fã frustrada? (30 de abril de 2023)

 Hoje (29 de abril de 2023) fui assistir à mais nova produção da franquia de Saint Seiya. Pode ser que minha opinião mude depois de rever o filme mais à frente, mas seguem minhas impressões da minha experiência de hoje.

Muito se falava sobre as mudanças em relação ao original: as armaduras, a história, a nacionalidade dos personagens etc. Como eu acompanhava tudo que era publicado, já fui ao cinema com certa expectativa: eu esperava ver um filme com boas cenas de ação, uma boa trilha sonora, efeitos especiais medianos e um roteiro muito, mas muito diferente em relação ao original. E é exatamente o que eu encontrei. Mas eu quero detalhar mais como foi essa experiência.


1) Muitos ruídos

A impressão mais forte que tive desse filme foram… os ruídos. Não estou falando de ruídos sonoros, mas de ruídos na sequência dos acontecimentos e no roteiro que foram me incomodando e afetando minha imersão na narrativa.

No começo do filme, temos o Seiya lutando em um ringue numa gaiola, cercado de uma torcida composta de homens ávidos pelas cenas de violência a seguir. E foi lá que eu vi alguém na plateia segurando um pompom. Sim, um pompom de líder de torcida, azul brilhante. Eu comecei a rir do quão ridículo era aquilo, enquanto me perguntava: o que leva um cara a ir a um ringue clandestino de luta com um pompom? Isso me distraiu tanto que mal prestei atenção na luta do Seiya contra Jaki e depois contra o Cassios. Esse foi o primeiro questionamento de vários.

Depois, quando Seiya encontra Alman Kido (ou Mitsumasa Kido), temos uma sequência de perseguição, com ação, veículos e explosões que acabam em um túnel. Assim que os personagens entram nesse túnel, eles param o carro como se já não estivessem mais sendo perseguidos e estivessem seguros. Mas eles ainda estão sendo perseguidos! Dentro desse túnel, tem uma passagem secreta. Mas como é que o pessoal de Guraad não os procura por essa passagem? Afinal de contas, é óbvio que eles continuam nesse túnel, pois ninguém vai sair do outro lado. É uma cena de perseguição mal resolvida. Temos mais uma inconsistência.

Paralelamente, vemos que Cassios está obcecado pelo Seiya. Ele o odeia. Mas esse é um ódio fora do comum e… sem fundamento. Por que ele odeia tanto o Seiya? É só por causa do estilo de luta dançante? É só porque Seiya arrancou o charuto da boca dele? Qual é o motivo?

Também vemos que Guraad está roubando cosmo das pessoas para sobreviver. A narrativa dá a entender que há pessoas com cosmo e pessoas sem cosmo… algo que contradiz o original. Afinal, a origem do cosmo é a energia do Big Bang, que deu origem a todas as coisas do universo. Em outras palavras, cosmo é uma força que está presente em tudo que existe – incluindo todas as pessoas. Sabemos que nem todas as pessoas desenvolvem a capacidade de despertar o cosmo, mas isso não significa que ele não exista nelas. Portanto, não faz sentido alguém ficar caçando pessoas específicas com cosmo para sugar essa energia delas. Guraad podia fazer isso com qualquer pessoa que encontrasse na rua. Aparentemente, temos uma mudança do conceito de cosmo aqui. Ou então faltaram maiores explicações das condições de como esse processo de sugar o cosmo de uma pessoa ocorre.

A relação entre Seiya e Sienna (Saori) também é mal construída. Ela é mal construída no original também, mas isso não justifica ela ser mal construída nesse filme. Sienna é a menina rica arrogante que se acha superior, assim como a Saori no original. (Aliás, por que Sienna parece sentir orgulho por ser deusa e logo depois diz que não quer esse destino? Isso não é contraditório?) Depois, ela e Seiya conseguem se entender e se aproximam, mas não vemos um desenvolvimento real da Sienna entre um primeiro momento, em que ela se mostra essa menina chata, e um segundo, em que ela é legal com o Seiya. Por causa disso, a construção do relacionamento deles parece forçada. Por que Seiya iria gostar de uma menina tão chata que não mostra um momento de amadurecimento na sua frente? Inclusive, esse relacionamento é mais forçado do que aquele entre Seiya e Saori no anime de 1986. No anime, vemos que Saori muda sua postura diante dos cavaleiros de bronze, o que faz com que eles a respeitem mais. Não vemos esse desenvolvimento dela no filme. Esse é outro ruído que me incomodou.

Já quando Seiya descobre que Alman Kido estava envolvido no sequestro de sua irmã e resolve tirar satisfação com ele, Guraad aparece. Kido se sacrifica de um jeito estranho, pois ele atira uma bomba em Guraad quando ela já estava em fuga, a vários metros de distância. A bomba não foi vantajosa em absoluto e só colocou os aliados de Alman Kido em perigo. Foi uma morte completamente inútil e sem sentido. 

Acho que foi nesse momento em que Seiya perde a consciência com uma maquiagem e depois desperta com outra muito diferente. Mais um ruído.

A propósito, se Sienna, depois de sequestrada, fica em perigo, por que Marin, que também deveria proteger Athena, não vai salvá-la? E por que ela não protege a Sienna em nenhum momento, se sabe que ela é Athena?

As armaduras também me incomodaram. Por mais que eu já as tivesse visto no material de divulgação do filme, elas me incomodaram bastante. Eu não sou o tipo de fã que liga muito para o design das armaduras, mas… ficaram feias, sobretudo os elmos. O elmo da armadura de Fênix ficou extremamente desproporcional em relação à cabeça do Nero (Ikki).

Nero, aliás, é um personagem pouquíssimo desenvolvido, assim como Cassios. Não vi nem sombra da motivação que o levasse a seguir as ordens de Guraad. Ele é simplesmente o cara mau. É uma pena que um personagem tão importante tenha sido jogado de lado para dar mais tempo a Guraad. É verdade que há planejamento para um desenvolvimento posterior desse personagem, mas era preciso que o filme desse pelo menos um indicativo das reais intenções do personagem ou de outra camada em sua personalidade, que lhe desse alguma profundidade. No final, Nero, nesse filme, é um personagem plano e sem graça.

Na luta entre Nero e Seiya, que se arrasta para o lado de fora do edifício, temos uma cena completamente aleatória dos vidros das janelas quebrando para o lado de fora. Ora, se Seiya e Nero estão lutando no lado de fora, que força é essa que faz os vidros quebrarem para fora? Isso só faria sentido se eles estivessem lutando dentro do edifício, e não fora. Mais um ruído.

No final, depois de termos o Seiya sem camisa (para a alegria das fãs), ele aparece no momento seguinte com uma peça de roupa o cobrindo. Mas, se todo o cenário está destruído, eu pergunto: de onde veio essa roupa? Geralmente o personagem aparece com algum acessório depois de receber ajuda de algum tipo de infraestrutura (bombeiros, policiais etc). Aqui só temos Sienna, Mylock e Seiya, num lugar sem infraestrutura alguma. Outro ruído.

Foram esses e outros ruídos ao longo do filme que, acumulados, atrapalharam a minha imersão na narrativa. Muitos desses incômodos, na verdade, não têm tanta relação com a comparação entre produto derivado e original, mas sim com a produção do próprio filme. Em vez de fruir a narrativa do filme, fiquei, o tempo todo, me questionando sobre todos esses detalhes conflituosos. Isso me gerou um grande estranhamento e distanciamento em relação a esse filme.

Entretanto, há algo importante a observar em relação a todos os pontos que eu anotei aqui: esses questionamentos foram feitos por uma pessoa adulta. Uma criança ou um adolescente desatento não prestariam atenção nessas inconsistências. Isso significa que o público-alvo desse filme não é o fã adulto, e sim o jovem que não vai ligar para essas inconsistências. Só que esse é um filme que também deveria me ter como público-alvo, e isso é definitivamente um problema.


2) Há pontos positivos sim, mas eles também precisam ser discutidos

Se, por um lado, o filme apresentou muitas inconsistências, por outro, é preciso admitir: é um filme divertido. Tem boa coreografia e a trilha sonora cumpre sua função, com aceno e homenagem à icônica Pegasus Fantasy. Inclusive, a parte instrumental de Pegasus Fantasy me lembrou muito a versão do grande Seiji Yokoyama, o que foi muito legal e ficou muito bonito. Existiu de fato um esforço em respeitar a obra original e o filme não chega a ser a mesma tragédia que foi Dragon Ball Evolution.

O que me chama a atenção, no entanto, é quanto ao tipo de diversão de que estamos falando. Eu consigo entender os fãs que saem elogiando “Saint Seiya: the Beginning”, porque, mesmo tendo muitas falhas, ele ainda oferece ao espectador boas lutas e cenas de ação. Mas, para mim, essa experiência positiva quanto à ação foi bastante distante da minha experiência com Saint Seiya original. E essa é outra crítica que tenho a esse filme: ele traz elementos fundamentais de Saint Seiya, mas eu discordo daqueles que dizem que a essência foi preservada.

Daí, é preciso questionar: o que eu entendo por “essência de Saint Seiya”? Eu ainda pretendo escrever um texto detalhando mais sobre o que é essa essência para mim. Mas eu preciso dizer que a essência de Saint Seiya não é um elemento que se inclui ou se retira na narrativa como se fosse um objeto. Ela é construída na narrativa e é construída pela narrativa, porque não é tão simples.

Basicamente, entendo por “essência de Saint Seiya” aquilo que torna Saint Seiya especial e memorável. Tem a ver com alteridade, tem a ver com o sentimento de amor, tem a ver com a ideia de autossacrifício, tem a ver com o sentimento de gratidão. Só que não basta colocar esses elementos na narrativa como se fossem objetos: é preciso construí-los para que o espectador se sinta comovido. É preciso que o espectador seja movido pela honestidade dos sentimentos dos personagens. Para isso, é preciso haver um bom roteiro – algo de que esse filme carece – e de condições técnicas para isso, ou seja, ausência de ruídos (no caso dos animes, é preciso ter boa qualidade de animação). É muito importante que haja imersão do espectador na narrativa.

É mais fácil explicar o que eu entendo por “essência” por meio de exemplos. Sempre me vem à mente um episódio da saga de Poseidon, quando Seiya está caído e ferido diante de Poseidon. Shiryu entra em cena e, ao ver o amigo naquele estado lastimável, com a dor de vê-lo assim, diz: “não vou deixar que morra sozinho”. Observa-se que aqui que o sentimento dominante não é o de “não desistir”. O que Shiryu está vendo nessa situação não é o caminho para a vitória, e sim a provável derrota e subsequente morte deles. Sabendo que Seiya vai ser derrotado, Shiryu decide ficar lá e morrer com ele. Essa é uma prova de amizade, de alteridade, de amor, de autossacrifício, de companheirismo, que foi construída pelo conjunto de roteiro e imersão da narrativa por parte do espectador (lembrando que eu era criança nessa época). A essência de Saint Seiya, para mim, não está simplesmente na ideia de nunca desistir, e sim no contato do espectador com o sentimento honesto do personagem. Caso o espectador esteja perturbado pensando em alguma inconsistência do roteiro ou em algum problema técnico do filme ou do anime, ele não estará imerso o suficiente na narrativa para sentir a tristeza de Shiryu nesse momento.

Quando “Saint Seiya – Episode G” foi lançado, eu me fiz a pergunta: o primeiro capítulo desse mangá tem a essência de Saint Seiya? Embora o traço desse mangá cause um estranhamento, depois de um tempo, o leitor consegue um pouco de imersão nele, porque o traço é o único ruído na narrativa e o resto é bem construído. A história parte de um acontecimento histórico, o acidente de Three Mile Island, algo que é coerente com o original, pois cavaleiros interferem em acontecimentos históricos em segredo. E lá temos a história do personagem John Black, um negociador que tenta impedir um desertor do Santuário de destruir a usina nuclear e causar um acidente ainda mais grave. Vemos que Aiolia é um protagonista que decide quem vai e quem não vai proteger, mas John Black, que não conhece Aiolia, sacrifica a própria vida para protegê-lo, porque não é necessário haver um motivo para proteger uma pessoa. A honestidade de John Black está presente no seu sacrifício, ainda que não tenha surtido um efeito prático, pois Aiolia não precisa ser protegido. Mas sua morte não foi inútil, pois serviu para ensinar a Aiolia que ele não precisa ter um motivo para proteger as pessoas. Quando eu vi o quanto a ação de John Black mostrou altruísmo e amor (por alguém que não conhece) e a gratidão e a consideração de Aiolia por ele, pensei: a essência de Saint Seiya está preservada aí. Ela é construída entre os personagens na narrativa. Só que essa narrativa não pode estar permeada de ruídos. O espectador não pode estar distante da história, ele precisa estar imerso. E, para mim, “Saint Seiya: The Beginning” trouxe tantos ruídos que me impediu de me imergir em sua narrativa.

Pretendo tratar mais da essência de Saint Seiya em um texto diferente para explicá-la melhor, mas era importante que eu pontuasse aqui o seguinte: o que eu entendo por “essência de Saint Seiya” não é tão simples de ser construído na narrativa, e a idade de quem recebe o produto também afeta a experiência. Crianças não ligam tanto para inconsistências; adultos, sim.

Daí temos o desenvolvimento do Seiya no filme, na sua busca pela irmã Patricia (Seika), mostrando o afeto que ele tem por ela. Mesmo nesse trecho, há ruídos. Por que a irmã de Seiya, tão nova, possui a armadura de Pégaso? Por que ela sabe que eles estão em perigo pouco antes de Guraad vir atrás dela? Considerando outras inconsistências do filme, comecei a achar que, embora as respostas dessas perguntas venham em possíveis continuações desse filme, talvez essas perguntas em específico acabem sem resposta, mesmo em continuações. Durante o filme, em vez de eu pensar na relação de carinho entre Seiya e sua irmã, eu estava me fazendo essas perguntas, ou seja, eu não estava realmente imersa no fluxo dos acontecimentos do filme, mas estava pensando no motivo de a produção do filme ter feito determinadas escolhas. Em outras palavras, eu estava distante da história sendo contada.

Esse não é um problema exclusivo desse filme. A má qualidade de animação das últimas produções de Saint Seiya também me causaram incômodos e distanciamento que me impediram de fruir Saint Seiya da forma como eu queria. Isso, depois de ocorrer repetidas vezes, me tornou uma fã frustrada.

Dessa forma, sem conseguir perceber o que entendo por essência de Saint Seiya nesse filme, sinto que “Saint Seiya: the Beginning” é divertido sim, mas de uma forma diferente da diversão que tenho com Saint Seiya original. São experiências diferentes.

Quando eu quero entretenimento de super-herói típico de filme americano, recorro aos filmes da Marvel e da DC. Eles são divertidos, possuem boas sequências de ação, possuem certo espírito. Quando eu quero algo com estética japonesa, vou ver Rurouni Kenshin, que foi um live action muito bem executado. Quando penso em “Saint Seiya: the Beginning”, sinto que ele me fornece um entretenimento mais próximo dos filmes americanos do que aquele que tenho com produções japonesas. Isso faz sentido e é a intenção da produção desse filme, que é voltado para o público estadunidense, mas também é um problema.

Acho que o personagem Mylock (Tatsumi) representa bem essa diferença de entretenimento. Ele é um dos pontos positivos do filme, com toda a certeza. Contudo, ele é muito diferente daquele Tatsumi bobalhão que conhecemos no anime. Ele é muito divertido… mas também é muito distante de Saint Seiya. Eu gostei dele, ao mesmo tempo em que o fato de eu gostar dele está muito mais relacionado ao prazer que sinto quando vejo um filme de ação americano, e não ao prazer de ver Saint Seiya. 

Portanto, sem aquilo que eu chamo de “essência de Saint Seiya”, essa é uma experiência um tanto esvaziada. O filme é divertido e até me satisfaz como consumidora de filmes de heróis americanos, mas… não é o suficiente para me satisfazer como fã de Saint Seiya. Por isso, acabei saindo do cinema com sentimentos diferentes misturados.


3) Conclusão

Para finalizar, é preciso ponderar sobre o público-alvo desse filme. Saint Seiya é uma franquia que busca novos públicos e precisa desses novos públicos para continuar. Isso é fato. Contudo, temos outro fato: Saint Seiya também não pode perder o seu velho público, os seus fãs antigos. Eu amo Saint Seiya profundamente e quero que a franquia continue. Entretanto, de novo e de novo, não encontro nas produções da Toei Animation o prazer que eu tive com Saint Seiya quando criança. É preciso que a Toei resgate esse fã adulto também.

Dessa forma, faz-se a pergunta: é possível eu, que sou uma fã adulta, ter esse prazer novamente? A resposta é sim. Eu ainda me divirto bastante com os mangás e me diverti bastante com The Lost Canvas (que tem, na verdade, uma estética diferente – vou tratar disso em outro texto). Em “Saint Seiya: Episode G Assassin”, senti que a essência de Saint Seiya estava preservada em alguns momentos. Quando Hyoga adota Natassia, ao ver o que fizeram com os corpos de várias crianças, eu me vi ali imersa no sentimento honesto de solidariedade e de acolhimento de Hyoga com sua nova filha. Há dor, há tristeza e há amor nessa cena. Nós até podemos fazer um paralelo na tentativa de causar esse efeito no filme, quando Seiya acolhe seu “eu criança” em um momento de introspecção. Só que esse momento não se trata dele com outra pessoa, e sim dele consigo mesmo numa construção bastante clichê. Acho que esse é um filme que infelizmente sofreu pelo fato de Seiya não ter ao seu lado pelo menos um de seus amigos – Shun, Shiryu e Hyoga.

Resumindo, o que eu acho de “Saint Seiya: the Beginning”? Acho que é um filme que falhou em trazer de volta o prazer de Saint Seiya para mim, que sou uma fã antiga, agora adulta, por conta de vários ruídos no roteiro e da forma como o filme foi produzido. Ele é divertido como um filme de ação, principalmente para um público mais jovem e/ou desatento, mas essa diversão é bem diferente do tipo de entretenimento que Saint Seiya me oferece. Portanto, eu continuo sendo uma fã frustrada de Saint Seiya, ainda que esse filme tenha sim seus méritos, com algumas homenagens muito bonitas ao original, como Pegasus Fantasy na trilha sonora e o momento em que Seiya veste sua armadura.

Esse também é um filme que eu sinto que preciso ver mais vezes. Talvez, depois de eu me acalmar com tantos questionamentos em relação a tantas inconsistências de roteiro e de produção, pode ser que eu acabe gostando mais dele. Mas isso é algo que vai demandar tempo e, com certeza, ainda será uma experiência bastante esvaziada para mim como fã de Saint Seiya. É realmente uma pena.

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